Quando criança, onde viagens internacionais eram escassas, vislumbrava bens de consumo que enchiam os olhos. Isso não apenas os meus, mas de adultos que queriam um fantástico "telefone sem fio", cheio de tecnologia, que permitia ir da sala à cozinha, sem interromper a conversa, ou tropeçar e embaralhar o fio. Lógico com o inconveniente dos chiados e baixa durabilidade das baterias recarregáveis.
Outros produtos vieram, como a secretária eletrônica com micro-cassete e posteriormente a digital, que continuavam não funcionando bem, sem possibilidade de garantia, além de um eventual encontro com o vendedor que cheio de desculpas demorava cerca de dois anos para trocar o produto. Isso é memória, presente e atual, ainda hoje, muitos vivem das compras efetuadas no país vizinho, que não tem saída para o mar, mas abastece o mercado com produtos de qualidade e proveniência duvidosa.
Chamar o Paraguai de paraíso da pirataria pode ofender nosso parceiro do MercoSul (tentativa frustrada de criar um bloco comercial), mas como ainda não observei leitores de lá acho que ainda posso tecer meu comentário. Muitas apreensões são observadas nas fronteiras de países com menor capacidade de produção, ou outras características peculiares.
Não vou escrever sobre a teoria econômica do país em questão ou sua importância estratégica, deixo isso para o Lugo, que é o Bispo-Presidente, e pai de algumas crianças quando ainda devia o celibato religioso. Nem sobre os tropeços de nossa política protecionista, e sensação habitual do brasileiro em sempre olhar para os menos favorecidos (outros países e não sua população), abrindo mão de contratos legítimos em prol de um esperneio dos vizinhos mimados (caso Itaipu).
O que quero escrever é sobre assuntos, que se relacionam à saúde. Um deles é o contrabando de medicamentos que proliferam e abastecem os sites de vendas (principalmente dos genéricos para disfunção sexual ou abortivos). Farmácias em todo país sempre têm um medicamento ou acesso para atender à demanda. Sejam inibidores de apetite, para a alegria dos inseguros, e outros tantos vendidos nas academias ou caminhoneiros.
Outro assunto de suma importância é de bebidas chamadas de batizadas (falsificadas claramente) que emolduram bares das estradas, principalmente. No mesmo gancho, lembro dos cigarros produzidos no Brasil que são exportados sem impostos para nossos vizinhos, e, incrivelmente, são vendidos nos grandes centros.
O combate à pirataria, falsificação e sonegação deveria ser de interesse supremo das autoridades. Mas tem uma coisa que atrapalha que é a corrupção generalizada. Bem, não vou entrar à fundo no assunto pois acho que merece várias análises, e serem pautadas individualmente, mas isso ocorre em todos os países. Trata-se de falta de civilidade, amor à terra, e achar que comprar algo pirateado é renegar o produto original e legalmente regularizado, e de certa forma se manifestar contra os preços exagerados e abusivos.
Para pensar o que comprar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário