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sábado, 3 de setembro de 2011

Varejo Farmacêutico: Fusões - Economia

Muito se fala na globalização. Uma empresa globalizada está presente em vários mercados. O sentido "Multinacional" não está mais em discussão. Fala-se, com certa propriedade, transnacionais. Afinal, estar presente em vários locais não é mais o grande objetivo. Claro que não se descarta participar de países que possuem o destaque da economia, ou seja, que estejam com renda suficiente para justificar as instalações, e presença física. Os BRIC's (Brasil, Rússia, Índia e China, além da África do Sul) são os mercados mais ativos do mundo e que ainda, apesar das crises, continuam com força em sua economia. Em especial, a China hoje, pode ditar regras no mundo, seja pelo seu volume de produção, seja por seu mercado interno.Hoje grande consumidora de insumos, detentora de grandes reservas monetárias, e grande credora da maior economia do mundo que são os Estados Unidos. Internamente, no Brasil, alega-se que empresas devam se unir, criando gigantes nacionais, para poder competir com a concorrência externa. Dão o nome dessa movimentação de Consolidação Setorial. Em especial, nos últimos dias, observou-se a fusão de grandes grupos varejistas farmacêuticos. Primeiramente, anunciou-se a fusão da Droga Raia com a Drogasil. Esta semana foi a vez da Drogaria São Paulo com a Pacheco. Mas, o que representa isso no mercado? Não sou especialista em economia, mas vou tentar traduzir os impactos. Segundo a Abrafarma, o Brasil possui cerca de 65 mil lojas ou farmácias (estimativas dizem 80 mil), sendo que 22% estão concentradas nas capitais e o restante espalhadas pelas cidades do interior. As duas fusões representam, em número de pontos de venda, cerca de 1.400 lojas, mas com faturamento combinado de mais de 20% do mercado, que no período de julho de 2010 à junho de 2011 faturou R$ 40 bilhões. São números grandiosos e encantam os fundos de investimento. Mas, para o consumidor, vem a preocupação da concentração de mercado, que diminui o leque de escolha e comparação de preços, e para a indústria um pesadelo à parte. Afinal, ela não vai negociar mais com o dono da farmácia da esquina, de bairro, ou empresário que possui algumas lojas, mas sim com gigantes que podem ter mais força financeira que ela própria. Tudo bem, o livre mercado é assim que se rege, mas concentração, até onde sei, nunca foi benéfica. O segmento de saúde como um todo está se concentrando, isso em todas as frentes. Melhor pensar um pouco e ver quem se beneficia. Um país cresce quando todos colhem os frutos de uma atividade. Não apenas uma ponta ou parte de um segmento...

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