Que a pornografia sempre movimentou muito dinheiro disso, ninguém duvida. Em São Paulo, existia uma região que se chamava a Boca do Lixo, que se formava próximo à Estação da Luz, marco histórico da cidade, e reunia pequenas produtoras de filmes considerados como Pornochanchadas, coisa não tão agressiva, que mostrava cenas de nudez, mas sem necessariamente sexo explícito. Isso foi na década de 70.
Em outros locais, houveram avanços mais significativos e contundentes, os países nórdicos, em especial a Suécia, se especializou em produzir filmes para abastecer o mercado pornográfico, tanto em cinemas quanto publicações. Muitas loiras legítimas mostravam seus predicados em cenas para lá de ousadas e explícitas, povoando o imaginário de muitos púberes.
Mas dinheiro mesmo, ganhou monta com as produções americanas. Houve especialização e segmentação, procurando atender à toda diversidade de público, em todos os fetiches. Mas, as DST's sempre criaram embaraços e situações de constrangimento e temor. Afinal, um filme pornográfico, deve, em princípio, mais do que roteiro, história e atuação dramática, ter o clima de um ato sexual real, passando para o público a tensão da cena. História é apenas um mero complemento para poder preencher o tempo da fita.
Então as doenças sexuais, sempre foram limitantes, e uma preocupação com atores e atrizes. Isso pode provocar a paralisação da indústria do entretenimento adulto. E isso aconteceu de novo.
O resultado positivo em um teste de HIV paralisou a produção de filmes na indústria pornô americana nos últimos dias. Em Los Angeles, principal polo de produção de filmes eróticos nos Estados Unidos, as atividades estão momentaneamente interrompidas até que exames confirmem se o artista, que não teve seu sexo ou nome divulgados, está realmente infectado.
Não é o primeira vez que um diagnóstico como esse estremece o ramo multibilionário. Em 2010, o ator Derrick Burts também descobriu ser portador do vírus HIV, e desde então passou a militar pelo uso de camisinhas nos elencos de filmes pornôs. A causa é também defendida pela entidade Aids Healthcare Foundation, que pretende coletar assinaturas para um plesbicito que tornaria obrigatório o uso de camisinhas em produções do gênero.
Segundo o Los Angeles Times, a diretora-executiva da organização Free Speech Coalition, organização que representa a indústria pornô, pediu uma 'moratória' na produção de filmes até que saiba com certeza se houve contágio, e se houve propagação do vírus com os parceiros ou parceiras sexuais do artista.
Apesar dos atores passarem por testes mensais que detectam o HIV, não há qualquer pressão pelo uso da camisinha, fator que ficaria a critério do elenco e dos seus diretores. Hoje, percebo que os números de pessoas contaminadas vem aumentando, principalmente no público jovem, abaixo de 19 anos. Uma forma de tentar entender, é a existência dos remédios para controlar o vírus, que possibilitam uma certa qualidade de vida ao infectado, mas é coisa para se pensar em como se conduz, e a responsabilidade para com a vida das outras pessoas...
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