A Presidente (me recuso a chamar de presidenta) Dilma, do nosso querido Brasil varonil, afirmou em discurso na segunda, dia 5, que seu governo, está levando saúde à todos Brasileiros. Soaria de uma forma franca, sincera e honesta, se não complementasse com colocações toscas, essas afirmações.
Tudo isso foi no programete "Café com o Presidente", ops, com a Presidente, junto com os Ministros de Estado da Educação e da Saúde, afirmando que o Brasil deverá formar cerca de 4,5mil médico anualmente. “Os jovens médicos precisam conhecer as reais necessidades da nossa população. A qualidade do atendimento é muito importante”, disse. De acordo com ela, o médico recém-formado que trabalhar em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) vai ter sua dívida do Financiamento Estudantil reduzida. “Quem aceitar o desafio pode ter um bom desconto no financiamento ou mesmo acabar fazendo todo o curso de graça”, destacou.
Quanto a levar saúde a todos os brasileiros, realmente existe um esforço, quando não se perde, em prover e atender às necessidades de acesso a remédios. Muitos podem ser encontrados nos postos de saúde, quando não se perdem pelo prazo de validade e burocracia que jogam nos porões remédios de alto custo, ou quando estes, não são desviados para atender interesses particulares, e rechear os bolsos de alguns, que deveriam ter outro destino, não apenas processos administrativos que se perdem.
Vejo com bons olhos estender atendimento de qualidade à população, visto que Saúde e Educação, alem da Segurança, serem deveres constitucionais do Estado Brasileiro. Mas devemos destacar como é a vida de um Médico recém formado. O valor pago para a residência médica, uma atividade que dura mais 2,5 anos, além dos 6 de formação básica (que é em regime integral), considerando a jornada de 60 horas semanais (isso quando muitas vezes ultrapassada, por necessidade e compromisso com a vida), é no mínimo vergonhosa. O que não dirá, mandar um médico com esse tipo de ganho, ir nos confins deste imenso país, prestar atendimento.
Uma coisa linda, de se escrever horas e horas, sem parar de destacar tudo que pode ser feito, quantas vidas podem estar salvas, e quando desconforto, ser tratado de forma digna. Mas, sempre mas, um médico sem equipamento nada pode fazer. De que adianta jogar um médico em localidades remotas, sem ter equipamentos que auxiliem nos diagnósticos? Sem haver uma estrutura correta de apoio?.
Vi dia destes, o Filme "Cadê os Morgans", e numa determinada parte, o único médico da localidade fazia de tudo um pouco, e sua enfermeira tinha outras atividades, como garçonete no único restaurante, e, bem, não vou contar a história, senão desagrado quem irá ver (vale a pena). Mas o que vi no filme, é pura ficção se comparada à realidade brasileira, e onde pronunciamentos efusivos e acalorados, cheios de números, não traduzem de fato o cotidiano.
Não estou defendendo uma classe profissional, mas sim minha inteligência...
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