Olhamos à noite, quando as luzes se apagam, pontos brilhantes no céu. Locais afastados das grandes cidades, e com pouca iluminação artificial, são os mais indicados para observar as estrelas. Mas nem todos os pontos brilhantes que estão no nosso campo de visão, tratam-se de estrelas e outros corpos celestes que refletem a luz...
O lixo espacial é uma realidade, hoje cada vez mais, um temor à exploração espacial pois cada vez mais, objetos lançados da terra, após o período de utilização continuam na órbita terrestre. Os dejetos espaciais chegaram a um ponto crítico, e a NASA (Agência Espacial Americana) teme que esses possam danificar satélites em órbita.
O risco é real, ameaçando os satélites comerciais e militares (cerca de 1000 em operação), além das viagens tripuladas, até a própria IES (Estação Espacial Internacional). Isso se observa segundo um relatório efetuado pelo Conselho Nacional de Pesquisa afirma que o número de jatos propulsores, satélites antigos e nuvens de fragmentos minúsculos em volta do planeta podem causar vazamentos letais em espaçonaves ou destruir satélites valiosos.
O texto pede novas regulamentações internacionais para limitar o lixo espacial e mais pesquisas sobre o possível uso de grandes redes metálicas ou "guarda-chuvas" gigantes no espaço. Alguns modelos, segundo um comunicado divulgado pela entidade, mostram que a quantidade de detritos em órbita são suficientes para "colidir continuamente e criar ainda mais detritos, aumentando o risco de falhas em espaçonaves".
A foto ao lado foi divulgada pela ESA (Agência Espacial Europeia) e mostra uma impressão artística da quantidade de lixo que existe ao redor da Terra. A ilustração é baseada na quantidade de satélites, mas não necessariamente ilustra o tamanho exato dos mesmos. Desde o lançamento do Sputnik (primeiro satélite artificial), em 4 de outubro de 1957, até 1º de janeiro de 2008, ocorreram mais de 4600 lançamentos, o que jogou cerca de 6000 satélites em órbita – 400 desses satélites estão viajando em trajetórias interplanetárias.
Uma das propostas da NASA seria destruir com laser esses objetos.
Para lembrar um pouco, em junho, os tripulantes da Estação Espacial Internacional, tiveram que ficar no refúgio de emergência das espaçonaves Soyus, pois o lixo espacial, passou a cerca de 250 metros. Pode parecer longe, mas é muito perto, quando estamos lidando com espaço sideral, sem contar a velocidade que esses objetos estão. Muitos circulam à 28.000 km/h.
Os Americanos, são responsáveis por, estimados, 30% desse lixo. O restante compete à Russia e demais países.
Lembrando também um desconforto provocado pela China em 2007. Os chineses utilizaram um míssil balístico, para destruir um satélite. Os Estados Unidos e a Rússia utilizaram desde meio, mas deixaram de faze-lo, pois entenderam que gerariam mais fragmentos de difícil identificação e monitoramento.
Outro evento, foi a colisão de dois satélites, lançados antes de 1990, que colidiram, e resultaram, segundo especialistas, mais de 600 fragmentos. Pequenos objetos com cerca de 10 centímetros, podem causar muitos problemas, como o temor em perder equipamentos importantes, e ameaçar a vida dos astronautas.
Pode também ameaçar vidas, por que nem todos os objetos esquecidos ou deixados em órbita, permanecem circulando, e acabam sendo atraídos pela força gravitacional do planeta, e nem sempre, se incinerando totalmente na re-entrada da atmosfera.
Todos os países que possuem satélites, lançadores de foguetes, e outros dispositivos, deveriam se unir, e buscar alternativas para essa limpeza. Afinal, todos são interessados em manter os serviços hoje fundamentais e cada vez mais necessários.
O grande problema é saber quem vai por dinheiro para limpar o céu, e permitir que pontos brilhantes sejam apenas provenientes de Estrelas e outros corpos celestes...
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