Não estamos sós - isso já foi dito algumas vezes, e povoa o
imaginário das pessoas, crianças e sonhadores (meu caso), além de cientistas
que buscam confirmar a existência ou não de vida em outras galáxias. Seria
muita presunção alguém em sã consciência chegar e afirmar categoricamente que
não exista vida fora de nosso pálido ponto azul, que habitamos no vasto
universo.
Muitos sistemas solares foram observados e estão sendo
estudados minuciosamente por incansáveis curiosos e estudiosos. Cientistas e
amantes do cosmos observam, estudam, avaliam, movimentos e emissões luminosas,
avaliam as emissões de ondas, conseguindo assim, formar opiniões, nem sempre
corretas, mas não totalmente descartáveis.
Dentre essas teorias e fundamentos científicos, Sarah Ballard e seus colegas do Centro
Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, nos Estados Unidos, fizeram uma
descoberta inédita. Conseguiram detectar um exoplaneta (planetas extra-solares)
à partir de outro exoplaneta. Isso sem terem observado diretamente, sendo esse
ainda invisível, observado da terra. Com um brilho muito tênue, quando
comparado às estrelas, o que os astrônomos conseguem detectar são pequenas
variações no brilho da estrela, quando esses passam dentro de sua trajetória
orbital, criando as pequenas variações ou chamados sacolejos, na órbita da
estrela.
Encontro em família: Todos são
originários pelas descobertas do telescópio espacial Kepler, dando frutos à
Kepler’s Family. Brincadeiras à parte, esse é o sistema Kepler-19, constatando
o Kepler-19c, partindo do Kepler-19, que apresenta uma órbita irregular.
Girando em torno da estrela Kepler-19, ele não se movia na velocidade prevista
pelos cientistas; ora ia mais rápido, ora mais devagar. A única explicação para
a translação incomum é a presença de um outro planeta a reboque, ainda que ele
não possa ser visto.
O exoplaneta Kepler-19b foi
encontrado pelo método tradicional do trânsito. As variações que ele causa no
brilho de sua estrela permitiram que os astrônomos calculassem que ele tem uma
órbita de 9 dias e 7 horas. Tamanha proximidade da estrela, cerca de 13,5
milhões de km, faz com que ele tenha uma temperatura por volta de 480º C.
O princípio de observação e detecção não é novo. Embora curiosa, essa forma tão indireta de descobrir um planeta,
foi utilizada com Netuno, quando os astrônomos notaram variações na órbita do
então já conhecido Urano. Eles concluíram que um planeta mais distante estaria
influenciando a órbita de Urano e, com base nas variações da órbita observada,
em comparação com as previsões matemáticas, eles calcularam com grande exatidão
para onde os telescópios deveriam ser apontados para que o novo mundo pudesse
ser visto - foi "na mosca". Isso ainda no século 19.
Mas esse sistema solar, Kepler-19, fica a cerca de 650
anos-luz do nosso, em se tratando de dimensões espaciais, relativamente
próximos, quase vizinhos nossos. Ainda há muito a se estudar, pesquisar e
sonhar...
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