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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Planeta Invisível - Astronomia

Não estamos sós - isso já foi dito algumas vezes, e povoa o imaginário das pessoas, crianças e sonhadores (meu caso), além de cientistas que buscam confirmar a existência ou não de vida em outras galáxias. Seria muita presunção alguém em sã consciência chegar e afirmar categoricamente que não exista vida fora de nosso pálido ponto azul, que habitamos no vasto universo.
Muitos sistemas solares foram observados e estão sendo estudados minuciosamente por incansáveis curiosos e estudiosos. Cientistas e amantes do cosmos observam, estudam, avaliam, movimentos e emissões luminosas, avaliam as emissões de ondas, conseguindo assim, formar opiniões, nem sempre corretas, mas não totalmente descartáveis.
Dentre essas teorias e fundamentos científicos, Sarah Ballard e seus colegas do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, nos Estados Unidos, fizeram uma descoberta inédita. Conseguiram detectar um exoplaneta (planetas extra-solares) à partir de outro exoplaneta. Isso sem terem observado diretamente, sendo esse ainda invisível, observado da terra. Com um brilho muito tênue, quando comparado às estrelas, o que os astrônomos conseguem detectar são pequenas variações no brilho da estrela, quando esses passam dentro de sua trajetória orbital, criando as pequenas variações ou chamados sacolejos, na órbita da estrela.
Encontro em família: Todos são originários pelas descobertas do telescópio espacial Kepler, dando frutos à Kepler’s Family. Brincadeiras à parte, esse é o sistema Kepler-19, constatando o Kepler-19c, partindo do Kepler-19, que apresenta uma órbita irregular. Girando em torno da estrela Kepler-19, ele não se movia na velocidade prevista pelos cientistas; ora ia mais rápido, ora mais devagar. A única explicação para a translação incomum é a presença de um outro planeta a reboque, ainda que ele não possa ser visto.
O exoplaneta Kepler-19b foi encontrado pelo método tradicional do trânsito. As variações que ele causa no brilho de sua estrela permitiram que os astrônomos calculassem que ele tem uma órbita de 9 dias e 7 horas. Tamanha proximidade da estrela, cerca de 13,5 milhões de km, faz com que ele tenha uma temperatura por volta de 480º C.
O princípio de observação e detecção não é novo. Embora curiosa, essa forma tão indireta de descobrir um planeta, foi utilizada com Netuno, quando os astrônomos notaram variações na órbita do então já conhecido Urano. Eles concluíram que um planeta mais distante estaria influenciando a órbita de Urano e, com base nas variações da órbita observada, em comparação com as previsões matemáticas, eles calcularam com grande exatidão para onde os telescópios deveriam ser apontados para que o novo mundo pudesse ser visto - foi "na mosca". Isso ainda no século 19.
Mas esse sistema solar, Kepler-19, fica a cerca de 650 anos-luz do nosso, em se tratando de dimensões espaciais, relativamente próximos, quase vizinhos nossos. Ainda há muito a se estudar, pesquisar e sonhar...

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