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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Abusos sexuais no esporte - Sociedade/Comportamento

Isso não vem a ser novidade. No Brasil, vários casos foram abafados, e outros ganharam destaque na mídia, e hoje estão um tanto quanto silenciosos. Mas o que vou contar vem de fora, dos Estados Unidos, país tradicionalmente moralista, onde se preserva a identidade pessoal e a individualidade.
Penn State é uma das maiores forças no futebol americano universitário e está provando isto na atual  temporada, terminando contra Wisconsin e fechará a campanha excelente com nove vitórias e duas derrotas, preparando-se para disputar algum Bowl – que nos EUA são os principais jogos para as equipes das universidades, pois são patrocinados e rendem um bom dinheiro. Porém, tudo o que acontece dentro do campo foi esquecido por causa de um velho conhecido da universidade.
Durante 15 anos, o agora ex-assistente técnico Jerry Sandusky abusou de oito meninos dentro do complexo de treinamento da equipe de Penn State. Além do caso chocar a sociedade americana, Joe Paterno, um dos maiores técnicos universitários, perdeu seu emprego já que não contou à polícia sobre as reclamações que os jovens fizeram para ele várias vezes contra seu colega de profissão e time. Após uma série de investigações, a maior parte do staff foi demitido e a publicidade negativa caminhou por todo o país sendo comparada ao escândalo Bill Clinton e Mônica Lewinski.
A grande preocupação dos fãs de Penn State é a sua continuidade nas pós-temporada. Enquanto a equipe não se acerta fora do campo, as apostas esperam uma derrota para Wisconsin, que colocaria ainda mais em risco à vida do time neste parte da competição. Porém, Penn State não esta sozinha nesta polêmica.
A Universidade de Syracuse, no estado de Nova York, está no mesmo barco. Bernie Fine, treinador adjunto da equipe de basquete, era de agressões sexuais desde a década de 1980, mas as primeiras investigações começaram apenas em 2005 e logo foram paralisadas.
Agora o fato foi comprovado já que Bobby Davis, jogador da década de 1990, afirma que o membro do staff tocava sexualmente boa parte dos jogadores. Ambos os casos são tratados como os escândalos do ano em terras americanas e mostra o grande despreparo de boa parte dos profissionais que trabalham  com jovens nas atividades esportivas, importantissímas dentro do sistema educional dos EUA.
O que existe é uma profusão de casos parecidos, em várias modalidades, em esportes coletivos ou individuais. Muitos reclamam, outros se omitem, se calam, ponderando que o escândalo poderá destruir a carreira, ou uma bolsa universitária (para alunos premiados com grandes atuações). Um olhar familiar mais atento, poderá se antecipar aos fatos.
Outra coisa percebo é que muitos casos acabam sendo divulgados, podem me criticar, por que podem render polpudas indenizações, e tirar figuras do ostracismo. Me remeto ao caso do menino em que os pais afirmaram ter sido vítima de abuso por parte de Michael Jackson e, após seu falecimento, admitiu que nada havia ocorrido, como ele sempre afirmou inocência...


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