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quarta-feira, 28 de maio de 2014

01 - Economia e a Copa: Quem ganha? - Economia

Faltando menos de um mês para o início da Copa do Mundo, o comércio varejista vê um cenário de redução de vendas nos dias de jogos por causa dos inúmeros feriados, especialmente o do jogo de estreia do Brasil no evento, em 12 de junho, que coincide com o Dia dos Namorados.
Um levantamento preliminar feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), desde a Copa de 2002, mostra que as vendas do comércio varejista restrito normalmente diminuem 0,7% no bimestre de Copa em relação a anos normais. Nas contas do economista da CNC, Fabio Bentes, levando-se em conta essa premissa, o varejo nacional deixará de faturar R$ 1,5 bilhão em junho e julho deste ano. O varejo restrito não abrange as vendas de veículos e de materiais de construção.
Segundo Bentes, trata-se de uma projeção conservadora, pois não considera o efeito dos feriados nos dias de jogos. Nos dias de feriado, as lojas que optam por não abrir deixam de faturar. Por outro lado, aquelas que decidem abrir as portas têm suas margens de lucro pressionadas porque arcam com despesas trabalhistas em dobro, entre salários e encargos.
"Em 2014, a decretação de feriados em diversas cidades durante os jogos poderá agravar o resultado do setor no sentido de que a hora trabalhada deve ser paga em dobro. Assim, além do impacto sobre as vendas decorrente da menor movimentação durante os jogos, os varejistas teriam como opção fechar os estabelecimentos ou abri-los sujeitos a custos maiores e vendas mais fracas."
Já o assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, Altamiro Carvalho, fez a conta de quanto o feriado reduz a venda diária do varejo. "Nos dias de jogos que forem feriados se perdem, no mínimo, 5% da venda diária: são R$ 205 milhões a menos. É uma perda irrecuperável", diz. Nessa estimativa ele considerou que parte dos estabelecimentos fecham, metade das pessoas antecipam compras e a outra metade deixa de consumir.

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