As novas modalidades são Medicina da Dor, do Sono, Tropical e Paliativa (que comentei a cerca de 2 meses). São decorrentes de práticas atuais, algumas já amplamente estudadas em outros países, tratadas de forma não tão aprofundada, mas cada vez mais necessária. O CFM reconhece hoje, um total de 53 especialidades e outras 53 áreas de atuação. Segundo o Cirurgião Plástico e Diretor do CFM, Dr. Antonio Pinheiro, integrante da comissão que analisa os pedidos das novas especialidades " O Médico precisa ser Médico, antes de ser especialista, e as especialidades são um acréscimo". Ainda, o Dr. Antonio Pinheiro, admite: "A graduação no Brasil ainda é frágil, requerendo para algumas especialidades, até 5 anos extras de estudos."
O reconhecimento das subespecialidades, serão simultâneas pelo CFM, AMB (Associação Médica Brasileira) e CNRM (Comissão Nacional de Residência Médica). Por determinação do convênio entre as três entidades, cada médico só poderá se apresentar como especialista em duas áreas de atuação, pois cada uma exige, como pré-requisito, outro tipo de especialidade.
- Estudo da DOR: Estima-se que 60 milhões de brasileiros sofram de dores crônicas, que é aquela que ultrapassada o período de três meses. Os profissionais de Acupuntura, Neurologia, Neurocirurgia, Ortopedia, Anestisiologia e Reumatologia deverão ser os profissionais alvo da especialização.
- Estudo do SONO: Eles terão como pré-requisito a especialização em Otorrinolaringologia, Neurologia, Psiquiatria e Pneumologia.
- Estudos Tropicais: As especializações serão para Infectologia. Doenças como Malária, Hanseníase, Febre Amarela e a Dengue, entende-se, necessitam de um olhar especial.
- Estudos Paliativos: Um ano após a Justiça reconhecer a prática da Ortotanásia, que é a suspensão do tratamento para prolongar a vida de pacientes em estado terminal de doenças incuráveis, desde que autorizadas pelo próprio paciente ou responsáveis. Estima-se que 650 mil pessoas no Brasil precisam recorrer à cuidados Paliativos. (artigos publicados no Blog - Cuidados Paliativos, Cuidados Paliativos II e Cuidados Paliativos III - falta ainda material que escreverei em breve).
Muitos hospitais estão disponibilizando alas para tratamento de pessoas dentro de algumas das novas especialidades, mas de forma isolada ainda. A ala destinada aos doentes terminais no Hospital de Apoio de Brasília, os quartos têm nomes de pássaros e flores, sem nenhum indicativo de que os pacientes ali tratados não possuem mais possibilidade de cura.
"Há muito a ser feito pelos pacientes nessas condições, acompanhar o doente no final de sua vida é muito complexo", argumenta a Dra. Maria Goretti Sales Maciel, primeira Presidente da Academia Nacional de cuidados Paliativos, uma das defensoras da nova área de atuação.
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