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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Novo tipo de "pele" a prova de tiros - Tecnologia

Os materiais dos coletes à prova de balas são vários, mais leves e resistentes que o aço:
- KEVLAR OU ARAMIDA - é um tecido sintético feito de um material chamado aramida. Como é um tecido, ele pode ser costurado, e hoje é usado para fazer até ternos à prova de bala. Ele não é à prova d'água, mas é 5 vezes mais resistente que o aço;
- SPECTRA FLEX - feito de fibras de polietileno, material usado na rede das raquetes de tênis. As fibras são sobrepostas e coladas com uma resina. Ele é 10 vezes mais resistente que o aço e isso exige menos camadas sobrepostas, o que permite fabricar coletes mais leves do que com o Kevlar;
- GOLD FLEX - é o tipo mais moderno de fibra usada para fazer coletes. Ela é um misto das duas outras formas: fibras de aramida revestidas de polietileno. Essa combinação o faz mais resistente que o Spectra Flex, e com isso dá para fazer coletes ainda mais leves.
- CERÂMICA - O material duro usado para fabricação de coletes é uma cerâmica especial chamada de alumina, composta de óxido de alumínio. Coletes com este material resistem até a tiro de fuzil, mas tem a desvantagem de serem muito pesados.
Agora, está surgindo uma novidade no mercado. Um cientista da Universidade Estadual de Utah, nos Estados Unidos, com a ajuda de uma artista holandesa, criou uma mistura de seda com pele humana capaz de resistir ao disparo de balas. Randy Lewis forneceu fios fornecidos por bichos-de-seda geneticamente manipulados a Jalila Essaidi, que confeccionou a 'superpele' usando também células de pele humana. Os animais foram alterados para produzir a seda típica de teias de aranhas, que é mais resistente.
Após testes com projéteis de calibre 22, o material se mostrou resistente aos disparos e não se rompeu, ainda que as balas tenham penetrado em parte das camadas da 'pele'. Lewis acredita que a seda produzida por aranhas possa ajudar cirurgiões a curar ferimentos graves e criar tendões e ligamentos artificiais no futuro. Durante outro estudo, ele já havia aplicado genes de aranhas em cabras para obter um leite carregado com largas quantidades da proteína responsável pela produção da seda.
Não entendo quais aplicações práticas em desenvolver essa mistura de teia de aranha com pele. Fiquei pensando muito antes de escrever sobre isto, mas volto ao ponto inicial: Se já existem materiais de alta resistência, confeccionados e testados, que tipo de utilização isso se enquadraria? Não ficou claro se o material possui a porosidade e a vedação necessária. Mas, como toda aplicação científica, quem sabe no futuro pode-se obter algo funcional. Muito há de se estudar ainda...

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