Vejo pipocando por ai, mundo a fora, não apenas no Brasil, movimentos grevistas.Vários setores e categorias profissionais, tentando através da paralisação das atividades, pressionar o empregador, buscando benefícios e melhores condições de trabalho. Os movimentos cada vez mais organizados, e que são arregimentados por redes sociais, acontecem.
Temos greve dos Estudantes no Chile, querendo mais recursos para a Educação. Professores de alguns estados brasileiros, Bancários, Correios e algumas outras categorias, a nível local ou nacional. Na Grécia, greve generalizada, pelos pacotes de austeridade, e por ai vai, vão se espalhando como um contágio, paralisando atividades algumas delas essenciais, gerando transtornos e prejuízos, muitas delas consideradas ilegais e abusivas, mas quem perde com isso é o cidadão comum.
Sim, eu, você que me lê, que pagamos impostos, que precisamos de serviços que acabam sendo monopólio de atividade, protegidos pela legislação protecionista e corporativista. Se eu citar aqui no Brasil o caso dos Correios, onde não existe concorrência, mas sim a proteção da lei para evitar que haja partilha dos serviços, quem precisa de algo, não pode ter, tem que se deslocar ou descobrir como manter sua atividade, aliado aos bancários, categoria que sempre tem como bandeira a alta remuneração dos Banqueiros, com lucros cade vez maiores.
Vou ainda para a Grécia, onde, por deslizes e falta de bom senso, a economia está em frangalhos, precisando urgentemente de empréstimos para poder honrar os pagamentos, se ve diante de grevistas, que paralisam e afugentam o turismo, uma atividade rentável e constante.Em breve a Itália, apesar de não ter uma economia tão dependente da presença do Estado, se ver com transtornos. A Espanha idem...
Bem, não ficarei aqui pelos comentários mundo a fora, descrevendo os cenários tão amplamente noticiados.O que pretendo é tentar desenvolver um raciocínio. As greves, muitas delas, ou são corporativistas, ou são fruto de um acerto de gaveta.Sim, acerto de gaveta. Lembro que quando trabalhei numa indústria, onde representei-a numa reunião patronal, presenciei um Sindicalista combinando o tempo de uma paralisação, para que o segmento pudesse renovar seus estoques. Não vou entrar em detalhes, pois como sou apenas uma testemunha presencial, e isso fazem alguns anos, apenas vale o relato.
Muitas greves são negociadas por uma certa pressão, no caso dos Bancos, por estarem cada vez mais aumentando seus lucros, e isso socialmente fica cada vez mais evidente, e começamos a questionar, então quando os lucros (pequena parte) são distribuídos, todo mundo fica feliz, e cala-se eventuais setores discordantes. Para as economias Europeias, o corporativismo está claro, pois faz-se necessário (para honrar os títulos das dívidas públicas) que os Governos cortem benefícios, e investimentos. Então, um grupo movimenta a massa, afirmando que muitos terão seus empregos perdidos, ou irão passar fome. Nisso existe um grande exagero, mas nada é feito para tentar mudar a linha de pensamento.
Interesses, apenas isso, movimentando hoje em dia as Greves, sejam gerais, sejam localizadas. Eu, no meu ponto de vista profissional, entendo que se onde trabalho as condições não são satisfatórias, então penso em mudar, e buscar novos horizontes. Por que os grevistas, não pedem demissão coletiva? Seria uma saída mais honrada para aqueles que se julgam prejudicados pelo Patrão, e assim, poderiam ir para outro local, trabalhar, e não interromper o funcionamento da sociedade.
O mundo está em crise, por causa do sistema financeiro, então que se combata esse tipo de sistema, que prejudica sim, a economia real, ao invés de interromper o funcionamento. Está na hora de começar a pensar de forma séria, que apenas estamos sendo massa de manobra, do interesse de poucos...
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