Algumas pessoas reclamam, outras agradecem... Como entender uma revista policial, e tendo exposição e acesso à meios de divulgação se considerar discriminado?
A atriz e cantora Thalma de Freitas, de 37 anos, quer processar dois
cabos do 23º Batalhão da Polícia Militar (PM) do Rio. Ela afirma que foi encaminhada, sem necessidade, para a
Delegacia do Leblon (14ªDP), na zona sul da cidade, na noite do dia 14, onde
teria ficado durante quatro horas.
Thalma deixava a casa de uma amiga quando foi abordada pelos PMs na Avenida Niemeyer,
próximo de um dos acessos ao Morro Chácara do Céu, na comunidade do Vidigal. A
atriz afirma que tirou todos os objetos da bolsa e os colocou sobre o capô da
viatura. Mesmo não encontrando nada, os dois policiais teriam dito que ela era
suspeita e que seria levada para a delegacia para passar por uma revista, pois
não havia policiais femininas na região naquele momento.
"Fiquei muito calma, na paz da minha
inocência. A delegada não me obrigou, mas fiz questão de ser revistada pela
policial feminina. Colaboro para o processo contra abuso de autoridade
de policiais. O que houve é comum para muita gente, hoje falo por quem não tem
voz", protestou a atriz em sua página do Twitter".
A atriz também ainda disse: "É a primeira vez que
passo por essa humilhação. Não há outra coisa a fazer exceto processá-los por
abuso de poder. Por que a loura que estava sendo revistada antes de mim não veio
para cá? Será que artistas como eu e moradores do Vidigal, negros como eu,
precisam passar por isso? Será que temos que ter medo da polícia? Porque estou
aqui? Sou suspeita de quê? Gostaria que eles me explicassem".
Já os policiais militares que abordaram Thalma
disseram que o procedimento foi normal. "Não temos policiais militares femininas no batalhão, por isso a conduzimos à delegacia. Nós
sabemos fazer abordagens e a área onde a encontramos é considerada de risco, por
isso viemos até a delegacia para garantir a integridade física da atriz", disse
o cabo Menezes que junto com o PM Rodrigues são acusados de conduzi-la até a
delegacia.
Bem, analisando o caso, vejo que vez ou outra, excessos podem ocorrer. Fui várias vezes abordado em blitz policiais, fui revistado, e vistoriaram o veículo que eu estava. Com metralhadora em punho, verificaram tudo, documentação inclusive. Nunca me senti ofendido por isso, sempre entendendo que a atuação ostensiva da polícia atua de forma objetiva na criminalidade. Por sinal, ao término de cada revista, o policial se desculpou, e aceitei prontamente pois entendi que é parte do seu trabalho faze-lo.
Todos, a todo momento reclamamos da falta de policiamento, aumento da criminalidade, mas de outra forma, muitos reclamam sempre, de forma hipócrita e contraditória da polícia. Todos nos julgamos inocentes, a grande maioria está inserida nesse contexto, mas o policial, em patrulha, sabe o nome de cada habitante? Sabe a conduta de cada um?
Uma atriz, não precisa reclamar disso, poderia inclusive ver de forma mais amena, e entender que o que foi feito prevê sua segurança e das demais pessoas. Ninguém pode se julgar apenas por atingir a notoriedade, inatingível, e amplamente inocente. Devemos parar um pouco e discutir que queremos algo, mas que revistem apenas nosso vizinho, pois ele é suspeito, jamais nós seremos... Não é algo para se pensar e mudar a forma de reclamar???
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