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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

QI: De um número exato para variável - Comportamento

O coeficiente de inteligência, o QI, é variável, pelo menos ao longo da adolescência, segundo um estudo da University College London divulgado semana passada (19). A pesquisa foi realizada com 33 voluntários adolescentes e, ao longo de quatro anos, mostrou que seus resultados em testes de QI variou em até 20 pontos, o que contradiz a ideia de que o índice seria algo fixo para toda a vida. O estudo também analisou imagens de ressonância magnética e concluiu que a flutuação do QI está relacionada com alterações na estrutura do cérebro.
O aumento no resultado do teste de QI verbal - que mede linguagem, aritimética, conhecimento geral e memória – está relacionado com o crescimento da massa cinzenta no córtex motor esquerdo, ligado a motricidade da fala. Já o aumento no resultado do teste de QI não-verbal – que se pede para identificar peças faltantes em quebra-cabeças – está relacionado ao crescimento da densidade de massa cinzenta em uma região anterior ao cerebelo, ligada ao movimento.
Os pesquisadores ainda não sabem o que causa a flutuação do QI na adolescência. “Ela pode ser ativada por efeitos ambientais como educação e aprendizado ou pode estar relacionada com diferenças no desenvolvimento do adolescente. Ou pode ser as duas coisas. É a clássica questão de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha”, disse Sue Ramsden, autora do estudo publicado no periódico científico Nature.
Sue afirma no entanto, que está quase certa que a mudança do QI seja mais afetada por fatores ambientais. “Nós sabemos que o cérebro do adulto muda com o aprendizado”, disse. A pesquisa testou apenas adolescentes, porém estudos anteriores mostraram que treinamento intenso pode alterar estruturas do cérebro.
O estudo mediu o QI de 33 voluntários entre 12 e 16 anos e 2004 e depois comparou com os resultados medidos em 2008, quando eles tinham entre 15 e 20 anos. A pesquisa encontrou flutuação ente – 20 e +23 pontos, diferença suficiente para fazer uma pessoa que estava na média ir para acima da média ou abaixo da média. Cerca de 21% dos participantes mudaram de categoria.
“O aumento e a diminuição no score foi notada tanto em pessoas com alta e baixa habilidade. Não é o caso de jovens com baixo desempenho irem melhor e jovens de alto desempenho ir mal. Alguns de alto desempenho foram ainda melhores 3 alguns de baixo desempenho foram ainda pior”, disse Sue.
A pesquisadora acredita que o estudo tem grande valia sobre como a habilidade é avaliada nas escolas. “isto quer dizer que se um adolescente tem baixa habilidade verbal, isto não quer dizer que ele possa melhorar. Da mesma forma que um adolescente com alta habilidade também pode piorar caso não a pratique”, disse a pesquisadora.
Eu poderia classificar esse assunto como algo ligado à ciência, ou saúde, ou pautar de outra forma. Mas, considerando que o universo abrangido pelo estudo é insignificante, possivelmente restrito a uma região que pode estar influenciada por vários fatores, acredito que isso é apenas algo curioso. Alguém que se intitula pesquisador, e consegue financiamento para se manter nessa observação.
Estudos podem ser sérios ou apenas pretexto para iniciar algo que possa de fato ser conclusivo, que não pode jamais ser chamado de estudo, e sim apenas pré-verificação, que seria o termo mais adequado, para posteriormente ser ampliado de tal forma que possa agregar valores e universo amplo, e ai sim, tabular e medir alterações.
De qualquer forma, é curioso, apenas isso...

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