Num passado não muito distante, anos 70, do século passado, sim, eu sou modelo do século passado, durante o regime militar, havia uma música de incentivo para a Seleção Canarinho, enfatizando que eramos à época, 130 milhões de brasileiros. Passados cerca de 40 anos, estamos próximos dos 200 milhões (190 - segundo dados do IBGE).
A população mundial está crescendo em uma velocidade jamais
vista e vai chegar a 7 bilhões hoje (31 de outubro), segundo a ONU. Em 2050, este número deve alcançar 9,3 bilhões.
Alguns dos fatores que contribuem para o rápido aumento populacional são a
alta taxa de natalidade em alguns países e a maior longevidade da população. Hoje, 893 milhões de pessoas tem mais de 60 anos. Até a metade deste século, segundo a ONU, este número vai praticamente
triplicar, chegando a 2,4 bilhões. A expectativa de vida média atual é de 68 anos, quando era de apenas 48 anos
em 1950.
Na Grã-Bretanha, o número de pessoas com mais de 85 anos mais do que dobrou
entre 1985 e 2010 para 1,4 milhão, enquanto o percentual de pessoas com menos de
16 anos caiu de 21% para 19% no mesmo período, segundo estatísticas
oficiais. Aos 85 anos, Helen Moores atribui longevidade a vida
ativa.
Ela representa esta faixa da população britânica que
está crescendo, vive sozinha em Londres e atribui a longevidade a uma vida
ativa e de muito trabalho. "Eu me alistei no Exército aos 17 anos e servi por 12 anos em diversos
países: Cingapura, Hong Kong, Egito e Chipre, onde conheci meu marido, 42 anos
atrás", conta ela.
Moores diz que hoje tem uma vida confortável, mas teme que seus netos não
tenham tanta sorte. Com a população trabalhando cada vez mais antes de se
aposentar, ela acha que há menos oportunidades para jovens saindo da
universidade. "Eu me preocupo com eles. Não sei se vai haver empregos suficientes."
Já na Zâmbia, no sul da África, a grande questão para o governo é o altíssimo
número de nascimentos. Com uma população de 13 milhões de pessoas, as
estimativas são de que esse número triplique até 2050 e chegue a 100 milhões até
o fim do século, fazendo com que o país tenha uma das populações mais crescem no
planeta.
Zâmbia tem uma das populações que crescem mais rapidamente no
mundo. Enquanto a fertilidade global caiu de cinco para 2,5 crianças desde 1950, as
mulheres de Zambienses tem seis filhos, em média. Este também era o número de crianças que Robert e Catherine Phiri, de Lusaka,
queriam ter, mas após o nascimento do terceiro bebê, eles não sabem se terão
condições de criar mais filhos.
Robert trabalha como agricultor e ganha menos que o salário mínimo. "É difícil comprar roupas. Todo o dinheiro é usado em comida. Compramos
coisas usadas quando podemos", diz Catherine.
Ainda assim, a família tem grandes expectativas para os filhos, incluindo uma
menina recém-nascida, que ainda não tem nome. "Quando ela crescer, quero que ela vá para a escola e universidade para nos
ajudar. Temos tão pouco dinheiro e nos preocupamos com o futuro", afirma
Robert.
Segundo a ONU, que divulga nesta quarta-feira um relatório sobre o Estado da
População Mundial, é preciso mais planejamento e investimento nas pessoas para
lidar com a crescente população mundial e suas consequências - a necessidade por
mais alimentos, água e energia e a maior produção de lixo e poluição. "Permitindo que as pessoas melhores suas próprias vidas, podemos apoiar
cidades sustentáveis, que sirvam como catalisadoras para o progresso, forças de
trabalho produtivas que estimulem o crescimento econômico, populações jovens que
contribuam para o bem-estar das economias e sociedades, e uma geração de pessoas
idosas saudáveis, que estejam ativamente envolvidas nas questões sociais e
econômicas de suas comunidades."
Como alimentar e prover essa população, sem esgotar o planeta?
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