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domingo, 2 de outubro de 2011

Vacina para AIDS - Saúde/Ciência

Lembro quando começaram a surgir os primeiros casos de HIV, isso em 1982, primeiramente atribuída de forma radical às práticas sexuais entre homens. Chamou-se à época doença gay, e outras colocações, muitas de cunho religioso extremista. Aos poucos começaram a perceber que outros grupos estavam sendo contaminados e ai sim, começaram a estudar as causas e as formas de contágio...
Quase 30 anos após o primeiro caso de Aids ser reportado, uma equipe de pesquisadores da Espanha anunciou a criação de uma vacina contra o HIV com eficácia de 90%. A descoberta foi apresentada em uma entrevista coletiva no Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC). Mariano Esteban, Felipe García e Juan Carlos de Quirós, médicos responsáveis pela pesquisa, afirmaram que a substância é a mais potente desenvolvida até hoje.
O protótipo da vacina, batizada como MVA-B, foi desenvolvido em anos de pesquisa e primeiramente testada em ratos. Após comprovarem a eficácia nos animais, começaram os testes em seres humanos há cerca de um ano. Na primeira fase, a MVA-B foi aplicada em 30 voluntários sadios. No teste, 24 dessas pessoas receberam a substância. Os efeitos colaterais reportados foram leves ou insignificantes. Alguns casos de dores de cabeça, irritação na região em que a droga foi aplicada e um leve mal estar. Diante dos resultados, Quirós explicou que não há grandes riscos. "A vacina é segura para continuarmos com o desenvolvimento clínico do produto", ressaltou.
Em 85% dos pacientes, as defesas geradas se mantiveram durante pelo menos um ano, o que pode significar que a vacina, caso chegue ao mercado, precise ser tomada anualmente. Nas próxima etapas, os pesquisadores realizarão novos testes clínicos, desta vez com voluntários infectados pelo HIV. O objetivo é saber se o composto, além de prevenir, pode servir para tratar a doença, ou mesmo chegar a uma cura completa.
"Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV para ver se serve para curar também. Geralmente, os tratamentos antirretrovirais devem ser tomados rigorosamente, algo insustentável em lugares tão afetados pela Aids como a África", disse García.
O médico antroposófico Ricardo Ghelman, PhD em imunologia, alerta que, mesmo se a vacina já estivesse no mercado, o uso da camisinha seria imprescindível. "Estamos em uma época em que não se pode ignorar o preservativo. Além da Aids, existem diversas outras doenças sexualmente transmissíveis e perigosas".
Acompanhando um pouco mais isso, jovens entre 14 e 19 anos, estão formando um grupo cada vez maior de infectados. Isso pode significar que as drogas hoje disponíveis criam uma falsa segurança para poderem fazer as praticas de forma insegura. Melhor esperar para ver, e jamais abandonar as proteções...

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