Já venho acompanhando movimentos educacionais, por estar atuando na área. As decisões da USP, modelo de Universidade e orgulho da produção científica, as vezes são temerosos. Primeiro na criação do Campi Leste, com a inclusão de cursos de baixa procura, alocados pelo "achismo" da pseudo-necessidade no mercado, e hoje estão revendo, incluindo aí diminuição de vagas e até possível fechamento de uma cadeira.
A novidade agora é a criação de um bônus para alunos oriundos do ensino público. Tudo bem, deve-se incentivar aqueles que não tiveram à disposição todos recursos. Mas pensadores, pedagogos, e outros tecnocratas, não deveriam planejar um modelo de ensino que pudesse melhorar a disputa entre pretendentes ao ingresso na Universidade?
Ficar estabelecendo cotas, é, a meu ver, apenas nivelar por baixo, um problema decorrente da formação. O conteúdo do ensino público comparado a uma escola particular (isso é real) se não é idêntico, está muito próximo. A formação dos professores é ainda mais cobrada no ensino público através de concursos e titulações.
O que os faz diferente? Essa deveria ser a pergunta a ser respondida. Tenho na minha visão que o formato de progressão continuada, apenas joga a sujeira em baixo do tapete. Ao invés de tentar lotear as vagas, não é melhor melhorar a base do ensino?
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