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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Entrada de Capitais nos Países Emergentes - Economia

Desde de meus remotos anos nos bancos escolares, na década de 70, ouvia que o Brasil era um país do futuro, em desenvolvimento, e foram mudando os apelidos, viramos emergente (estávamos afundados?), e agora, viramos componentes dos BRIC's. Hoje existe um peso da participação da economia brasileira no mundo globalizado e sedento de matérias primas.
O descompasso com a entrada do fluxo de capitais em países que tem economia em estabilidade e pagam taxas altas de juros, influencia nas remessas especulativas. o Ministro da Fazenda, faz colocações sobre o tema de remessas, alegando que os países ricos exportam a inflação, e mantém brigas com o FMI e G-20. Ele sempre se posicionou assim, mas o que existe de fato é que as taxas de juros no Brasil continuam atraindo o capital especulativo. Nunca houve controle no fluxo de capitais, e apenas ficar criticando não ajuda em nada. Li uma matéria sobre um bilionário Coreano (Terry Gou) que não investe no Brasil pois somos um povo que para o trabalho para ver futebol e estamos sempre dançando, além de termos salários altos, em comparação à China. Nosso espírito nacionalista nos fará críticos da empresa (Foxxconn) e iremos provar que não somos assim.
Décadas se passaram quando o General Francês - Charles de Gaulle, a quem foi atribuído a frase de que não somos um país sério (*). O que mudou? Continuamos reclamando sem nada fazer. Tomam medidas pontuais, aumenta o IOF, mas não taxam a entrada de dinheiro especulativo de fato. O Brasil quer investimentos, sim, mas o que vem é dinheiro para aplicação de especuladores.
Mais seriedade na condução das políticas externas, incentivo à produção interna, melhora no acesso ao crédito e fiscalização do uso desse, são medidas que demoram a surtir efeito, mas combinadas podem trazer benefícios a médio prazo. Quem sabe teremos um governo que entenda de fato de macro-economia...

(*) Os historiadores negam a autoria de De Gaulle, eles dizem que a frase é do embaixador brasileiro na França, Carlos Alves de Souza, dita ao jornalista Luiz Edgar de Andrade, na época, correspondente do Jornal do Brasil, em Paris. Tudo aconteceu durante uma reunião com De Gaulle para discutir a “guerra da lagosta", em 1962, quando barcos franceses pescavam o crustáceo na costa brasileira. Conta-se que a apreensão dos pesqueiros, teria irritado De Gaulle e o levado a dizer que o Brasil não era um país. Segundo a versão corrente, o embaixador teria acrescentado o adjetivo sério, para amenizar a situação.
Depois da reunião, o embaixador teria relatado ao jornalista Luiz Edgard de Andrade o encontro, dizendo-lhe que falaram sobre o samba carnavalesco “A lagosta é nossa", e das caricaturas que faziam do general no Brasil, terminando a conversa assim: “Edgar, le Brésil n’est pas un pays sérieux". O jornalista mandou o despacho para o jornal e a frase acabou outorgada a De Gaulle. (fonte - Clesio.net)

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