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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Código Florestal - Meio Ambiente/Sociedade

Está sendo discutido (há tempos) o novo código florestal. O objetivo primário é de tentar dirimir as divergências entre os ambientalistas, ruralistas e sociedade. Os ruralistas utilizam a imagem do pequeno produtor que terá que arcar com grandes prejuízos, por mudanças em respeito às margens de rios e riachos. Os ambientalistas irão apregoar as malezas da devastação ambiental...

Bem, vamos verificar alguns pontos. O Brasil, possui a maior diversidade ambiental, em florestas tropicais do mundo. Existem várias nascentes e possuímos ou estamos localizados no maior conjunto de bacias hidrográficas. Temos o maior conjunto de água doce, além de estarmos localizados sobre o maior aqüífero (guarany).

Hoje a agricultura é grande fonte de divisas. Não temos característica em exportar produtos de valor agregado, como muitos países o fazem. Só como exemplo, a Alemanha é o maior exportador de café industrializado do mundo, e, pasmem, não possuí um único pé de café com característica produtiva em grande escala. A agricultura exporta grãos e importa sementes. Exportamos commodities.

O que precisamos é ter em mente o que queremos para o futuro. Ou viramos meros produtores agrícolas, ou partimos para produção eficiente. Não podemos jogar no pequeno produtor a responsabilidade, e falar que vamos acabar com esse tipo de cultura. Os grandes produtores, os extrativistas, aqueles que apenas buscam os recursos minerais, devem mudar sua postura. Os ambientalistas devem procurar ver não apenas a devastação, mas o benefício total da atividade.

Temos recursos sim, mas são finitos. O esgotamento geológico já foi observado em várias localidades. Pego como exemplo o Chile que tem a maior concentração de cobre, que responde por grande superavit comercial, mas até quando as reservas vão se manter? Podemos agregar valor aos nossos produtos. Podemos ao invés de exportar sementes, exportar óleo e outros sub-produtos induzindo a industrialização. O incentivo deve vir do Governo, mas com regras claras, não se tornando outra SUFRAMA ou SUDENE, ou outra superintendência de fomento à atividade industrial, apenas sendo local de escoamento de recursos, que irão sumir pelas vias sinistras...

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