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sábado, 21 de maio de 2011

Educação: Escola ou Casa que deve ser a base? (IV) - Sociedade

Está é o quarto artigo sobre o tema, como complemento do 1o, 2o e 3o.
Comentei a proteção excessiva. Conforme pesquisa do canal pago Discovery Kids, entrevistando mais de 1.450 pais com filhos até 10 anos, com acesso à TV por assinatura, mostrou que o medo da violência aumentou. Constatou-se que estes, quando crianças brincavam nas ruas, iam a pé para a escola ou andavam de ônibus sozinhos (75%), hoje esses números não ultrapassam 15%, observando que as crianças ficam mais tempo em casa ou em atividades extracurriculares.
Protegemos nossos filhos, mas de quem e do que? Lógico que existe um crescimento da violência, mas a falta de diálogo, a ausência de um corpo familiar atuante, deixa que os pequenos aprendam de forma subjetiva. Pouco se conversa em casa.
Preocupa não se o filho está acompanhando as aulas, mas se o professor gritou com ele (por que ele o agrediu física ou moralmente). Não se percebe que as crianças ficam trancadas, ou deixamos de lado pequenos prazeres que é tomar um sorvete juntos por termos muito trabalho.
Quantos de nós não tem várias histórias de fatos, envolvendo crianças e adolescentes, que fizeram ou fazem absurdos? Quando uma criança resolve colocar um piercing, ou fazer uma tatuagem, já paramos para pensar se isso não é um sinal de que não existe diálogo?
Vejo que grandes culpados são os pais, por transferir a formação moral aos educadores. A estes compete o papel de ensinar, não de fornecer conceitos morais de civilidade, de relacionamento pessoal. Não podemos culpar a professora do infantil, por que uma criança foi agredida por outra. Isso é papel dos pais em impor limites, em acompanhar seus filhos, em ouvi-los, entende-los, serem atuantes e formar pessoas, não apenas joga-los numa escola esperando que esta faça o que é nosso papel.
Lembro que muitos que tem filhos usuários de drogas, lamentam o que acontece com o filho, mas esquecem que não tiveram coragem em acompanhar e perceber o primeiro sintoma, que é o distanciamento social. Uma conversa franca, honesta deve ocorrer desde a tenra idade, isso vale para drogas, sexo, convivência em sociedade.
Existem muito mais coisas possíveis em se destacar, mas para não ser muito longo, entendo que o que já pontuei seja o suficiente para uma reflexão. Obrigado pela leitura...

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